segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Contra o ensino militarizado. Postado no FB em 29/08/19

Hoje, na visita ao Colégio Estadual, da qual falei antes, ao ver a moçada sentada na grama, namorando, tocando violão, feliz e falante, fui tomado pela certeza de que lutarei, mesmo com minhas frágeis armas, enquanto puder contra a tara da militarização do ensino fundamental e médio.
O Colégio agora funciona em tempo integral, o que pra mim foi agradável surpresa. Pude conviver com eles em aula, já que tive a honra de contar um pouco de nosso história para alunas e alunos que agora ocupavam a mesma sala que deixei em 1968, e durante o almoço coletivo, com eles se espraiando por todos os espaços, livres e aparentemente felizes.
Conversando com o diretor e o vice, gente finíssima, engajada num processo de criatividade e crescimento, olhando em volta, vendo registros de protestos e desejos, senti ódio dos portadores da tristeza e da morte do espírito livre, militaristas que só arrotam disciplina, medo e submissão. Se eles se impuserem, aí os danos serão irreparáveis por longo tempo. Se a esperança não tiver a juventude como aliada, ela estará condenada ao fracasso e ao desânimo.

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