domingo, 23 de agosto de 2009

Quando se vê...

'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Mário Quintana

Um comentário:

  1. Legal você postar esse poema. Me lembrei dele no domingo, quando fiquei sabendo da morte de um amigo que vi pela última vez no início de agosto, na porta de um bar de que gosto, em Laranjeiras. Estava com pressa, não parei para falar com ele. Esqueci que nos conhecemos nos anos 50, em Leopoldina, quando meu tio ia ao bar desse amigo encher a própria caveira de cerveja e a minha caverinha de picolé de groselha. Esqueci que retomamos o fio dessa história aqui no Rio, em 78, quando o reencontrei na situação inversa - ele freguês, eu dono de bar. Esqueci ainda que a última vez em que nos encontramos foi nesse mesmo bar de Laranjeiras, e o papo foi muito fraterno e divertido. Houve sempre um bar no meio do caminho que me levava ao Amaral, ou que o trazia até mim. Mas no último, só ele parou pra beber. A minha parte é pagar esta conta.

    Beijão,

    Tutuca

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