domingo, 9 de agosto de 2009

Grunhir ou calar?

Construisse eu um Olimpo para meus tantos ídolos, Tostão teria ali um trono. Apesar do pecado grave de ter abandonado meu América mineiro, ainda rapazote, rumo ao Cruzeiro, o cara é exemplar em várias frentes. Médico e professor, disso nada sei dizer, nem a seu favor, nem contra. Penso é no mago da bola, hoje mago nas letras jornalísticas, e a marca onipresente da inteligência, da coragem, da independência e do caráter impecável. Em sua coluna de hoje, citando o Nobel lusitano, ele cutuca um assunto que vem assanhando minhas caraminholas: "Segundo José Saramago, que tem um blog, o Twitter, com poucas palavras, é mais uma evidência de que o ser humano caminha para o grunhido".

O Twitter tem me acuado, numa mistura de fascínio e medo. A rápida rede que ele estimula e propicia parece mesmo vereda rumo ao futuro, mas condicionar idéias e expressões ao limite dos 140 toques é ameaça sombria. As cabeças se moldarão a tais dimensões, tipo um monturo de cocô de cabrito (expelido em bolinhas, informo aos mais assépticos)? Ou estaria eu tomado por mais um desses pânicos das transições? Quem viver, twittará...

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