sábado, 6 de junho de 2009

Era feliz, e sabia



David Carradine, ator filho de um grande ator, foi encontrado enforcado num hotel na Tailândia. É bem provável que tenha se suicidado. Senti o golpe, mais um de meus heróis expunha sua falibilidade. Seu misterioso Kung-Fu daquele seriado dos anos 70, século passado, me enchia de fantasia e de estranha potência. Como explicar? Uma bem ancorada percepção, convicção talvez, de que a superação dos meus limites estava em mim mesmo. Como se não existisse arma mais possante que a determinação. Sóbrio, avesso aos medos e às injustiças, meu estranho herói saíra fugido da China e então vagava por um conturbado oeste norte-americano, no tempo do faroeste.

Quando nos obituários televisivos revi cenas do seriado, perdidas na memória, só aí realizei a importância daquelas aventuras no meu ânimo vital, e até nas minhas maneiras de olhar o mundo. O passar do tempo foi me roubando a concentração e a pouca objetividade que consegui acumular, os golpes secos, mesmo se mentais, perderam-se no cansaço e no desânimo. Daí talvez a saudade, e não existe sentimento mais traiçoeiro.

Um comentário:

  1. Oi PAULINHO LINDO AMIGO QUERIDO!Muito triste isso se foi suícidio.Os heróis criados pelo cinema e televisão são de certa forma terapêuticos.Mas o melhor herói é sempre nossa fé. Não consegui comentar no anterior, no qual concordo plenamente.Não se deixe levar pelo desânimo, todo ser humano tem fraquezas.Por isso temos que pedir forças a Jesus sempre.Que a saudade lhe traga apenas as boas partes.Beijos de luz e vigor em seu perseverante coraçãozinho!

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