quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Melhoras no estado geral

Desde abril, quando saí meio ressuscitado do hospital, depois de grave crise respiratória (historietas narradas no inicinho desse blog), que eu não sentia a saúde tão turbulenta. Aliás, foram meses, dentro de possível, de boa saúde e franca recuperação (yesss... sempre tive vontade de encontrar uma sentença onde coubesse 'franca recuperação', frase querida de comentaristas esportivos, mas que permaneço sem saber o que possa significar). Voltemos ao que talvez a alguém interesse saber.

De uns dias, seis ou cinco, até essa data. Uma combinatória de infecção urinária, distensão abdominal e uns piquezinhos de ansiedade, me cercaram com o envolvimento de um Wando, talvez menos romântico, e me pegaram no colo, me jogaram na cama e me encheram de tremores (no caso de febre, mas tais são detalhes de somenos importância. Aliás, a fraseologia que ora me ocorre (ops!), deixa a suspeita que Wando inda me cerca, talvez esteja em mim: "até essa data", "somenos importância".

As seis décadas e um tantinho que tenho de vida conseguiram, ao menos, me ensinar, que o engraçadinho demais está a meio passo (ou meia girada de roda, no meu caso) do chato. E podem me chamar de feio, de fedorento, de descontrolado, que quase não ligo, mas se me chamam de chato, pior, se me acham chato, mesmo sem anunciar, sinto-me condenado a dirigir-me à minha estante de auto-ajuda, e por ali permanecer, um belo par de horas mergulhado em dicas e conselhos estimulantes. Funcionar nunca funcionou, mas não perco essa tal fé na vida.

Eu queria era contar do prazer de ter acordado melhor, animado a passar para a minha incrível Jazzy, cadeira motorizada que me leva pra passear, e até para ver novela na TV chic da sala, dentre outros tantos afazeres. Mas, especial mesmo, foi uma alegria que senti quando fui regar o jardim interno que a gente tanto curte. Minha árvore predileta é uma pitangueira plantada quase na porta do meu escritório (espaço amplo e bem instalado, nos fundos da casa). Uma predileção que só se vê abalada nos dias em que os galhos de nossa jabuticabeira deixam brotar aquele mundaréu de bolinhas doces.

Voltando à pitangueira, quando hoje bati o olho na danada, vi que ela havia preparado, no lado onde consigo colher com mais facilidade, bem uma dúzia das pitangas mais gostosas que ela já produziu. Arrogante que só, logo fiquei achando que aquilo era um carinho de bom retorno. Ri sozinho, comi a oferenda com boca de rei, emocionado. Senti até melhoras acentuadas em meu estado geral (ops! não deu pra resistir).

2 comentários:

  1. Ei, que merda é essa? Larga mão de ser exagerado. Uma doença por ano já tá de bom tamanho. E se morrer antes de janeiro, quando pretendo dar um pulinho aí. corto relações!

    Para animá-lo mais ainda: em homenagem ao seu atual caso com o Wando, levarei duas calcinhas que a faxineira esqueceu aqui!

    (Alô, leitores desse pacóvio pachorrento! Leiam no meu blog o post "Portadores de necessidades sexuais", com tudo que vocês queriam saber sobre a vida sexual do Paulim!!!
    O endereço é tucazamagna.blogspot.com)

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  2. Troco muda de pitangueira por muda de amora.
    Deve ser gostosa que nem.

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