sábado, 12 de outubro de 2019

Sem foguetórios, todos comemoram

Ouço o foguetório das 18hs, terceiro e último daqueles destinados a N. S. Aparecida. Antecedido por outros, às 6 e 12hs. E fico imaginando que tal barulheira deve ter tido sentido na roça, nos sertões, talvez lembrando das horas das rezas, ou convocando pras missas, coisas assim.


Só sei que aqui, no abafa e na intimidade involuntária das cidades, tais foguetórios servem mesmo é pra estressar, criar nervosismo e até pânico em seres, homens e bichos, que se abalam com tais estampidos.


Autistas, acamados, a maioria dos cães e gatos domésticos (que não conseguem fugir da cena), pássaros nos ninhos, e nem imagino quantos mais.


Comemorar, homenagear e orar de modos mais silenciosos devem ser ítens obrigatórios em qualquer novo pacto de civilização.

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