sábado, 10 de agosto de 2019

#Globo ataca com agressividade e ousadia a sua crise financeira e a concorrência dos novos tempos.
Vão disputar no tapa o cenário das narrativas que hoje motivam o imenso público que se volta para o audio-visual como fonte de entretenimento e informação. E agora, e em futuro previsível, a Globo será imbatível em termos de produção nacional. Produção própria ou em consórcio com produtoras brasileiras, várias de ponta, mesmo se comparadas à produção internacional.
O inimigo a ser enfrentado não será encontrado por aqui. Vem de fora, da fantástica massa de produções internacionais que disputam a primazia mundo a fora. Uma produção que chega a nós através do estrondoso sucesso de operadores como, na liderança ainda folgada, a Netflix, mas também da HBOGO, da Prime Vídeo (Amazon) e outras. Chega-se até ao extremo de pequenas operadoras voltadas para um público cult, como a MUBI (minha predileta).
Em verdade, acho que estou fazendo um convite para que os amigos e amigas dediquem um olhar mais detido e sofisticado à Globo, em especial àquela que existe além do jornalismo. Gostando ou não, assistindo ou não, é difícil, e continuará sendo, compreender e discutir o imaginário e a cultura no cotidiano brasileiro sem contemplar o estado atual dessa disputa.
De seu lado, para sobreviver ao interesse público, a Globo voltada para a produção de narrativas de ficção ou de documentário terá que ampliar a gama valorativa e temática de sua produção. E, olhando com realismo, em muitas de suas produções a Globo já está um passo além do senso comum, propondo questões que chegam a cutucar o dito status quo.
Bem sei que a discussão é bem mais complexa, e que não são poucas as armadilhas que vêm embutidas nos aparentes avanços. Mas, o pretendido aqui é o desafio ao pensamento que tende a se acomodar diante de questões que pareçam consensuais em nossos grupos de referência e convivência. E, óbvio, uma boa pitada de provocação.

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