quarta-feira, 24 de abril de 2019



Contemplando esse céu impecavelmente estrelado ( antes que a lua se intrometa), a cabeça saiu por aí, atraída pelo feitiço das constelações. 

Meu coração foi ocupado pela Katinha, amor da minha vida, e pela lembrança de como gostávamos desses céus, de namorar no canto mais escuro, escorando a leveza infinita do universo sobre nossas cabeças. 

Um céu, em especial, nos convidava aos êxtases. Céu do sertão, quando voltávamos à noite da Cordisburgo de minha mãe. Viagem que a gente adorava fazer. 

Na estrada, quando da calmaria das altas horas, era encostar o carro, apagar as luzes, e flutuar no imenso daqueles pontinhos resplandescentes, sem pressa, nem metas. Onde, quem sabe, meu desejo sabe, a minha Flô amada dança pra sempre seus sonhos de fada.

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