domingo, 10 de fevereiro de 2019


Bruxas? Não acredito, mas que existem, ah, existem. E tentam me dizer algo de poético, encantado.Ontem à noite, enquanto arrematava um causo, uma música divina, inesquecível, vinda de um passado profundo e de intensas emoções, passeou por minha cabeça e se assoprou em assovios distraídos.Maria, Maria, Maria, um dos temas do também inesquecível musical hollywoodiano West Side Story (Amor Sublime Amor), de 1961, do Jerome Robbins e Robert Wise, tendo a belíssima Natalie Wood no papel principal e modestos dez Oscars na bagagem.A latina Maria sendo interpretada pela branca Natalie Wood hoje seria rejeitada pelos movimentos sociais. E com meu apoio, desde que não tentassem destruir o passado da arte, e buscassem analisá-la dentro de sua época e seus condicionantes ideológicos e de produção. Mas esse é outro papo, infindo e ardoroso
Maria, Maria, Maria... haja coração.
O enigmático vem agora. Depois de uma noite bem dormida, inclusive por ter parido o caso da Maria, Maria, Maria, ops, digo, da Pretinha (me desculpem o erro... é que elas são vizinhas em minha alma poética), acordei e liguei a TV, como de hábito, sintonizada no canal em que estava o timer, e que embalou meu adormecer (nem carece xingar, que sei o quanto isso é danoso etc).
Nessa madrugada, como muitas vezes, no Telecine Cult, canal 666 da Net. Acordei, esfreguei os olhos, e cutuquei o controle. Fiquei besta, bege, arrepiado. O que estava passando? West Side Story, e um pouquinho depois soou o Maria, Maria, Maria. Meu velho coração se desplugou por minutos do vigilante marcapasso, e saiu dançando quarto a fora. Na minha cabeça só a velha certeza de que a vida é bela.
Uma correção: eu disse estava passando e, nada disso, ainda temos uma hora de filme pela frente. Se eu fosse você, veria ao menos um pedacinho.
Beijocas dominicais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário